sábado, 9 de junho de 2012

Análise da Personalidade através dos dentes


Análise da Personalidade através dos dentes

A humanidade caminha para compreensão da globalidade. O princípio que norteia a economia, é o mesmo princípio que direciona ao entendimento do corpo humano integrado ao sentimento do indivíduo.

Se há uma seca no hemisfério norte, é sinal de aumento nos lucros para os agricultores do hemisfério sul e vice-versa. Não podemos separar uma dor no estômago, à sensação muito conhecida e falada, daquele frio na barriga que sentimos diante de uma situação difícil ou assustadora.

De alguma maneira o órgão físico está ligado a um órgão etérico, simbólico, áurico ou qualquer nomenclatura que cada segmento filosófico queira dar. O certo é que uma dor no estômago acarreta alterações emocionais, ou será o contrário?

Uma dor de dente poderá estar ligado à algum problema difícil que o indivíduo não está conseguindo superar?

Foi seguindo este pensamento que alguns pesquisadores da Odontologia, por volta de 1970, percebendo em seus pacientes relações entre um tratamento dentário e uma disfunção orgânica, criaram um segmento da Odontologia, conhecido como Odontologia Sistêmica ou Biocibernética Bucal.

Muitas conclusões foram tiradas a partir da coletânea de dados dos pacientes e dos seus quadros clínicos comparados ao desenvolvimento da arcada dentária.

Várias pesquisas estatísticas foram realizadas além dos dados colhidos no consultório. Presídios, escolas, agremiações esportivas e etc., foram pesquisadas para se encontrar referências entre um estilo de vida e a boca.

Várias doenças e comportamentos foram sistematizadas em relação a uma ou mais disfunções dos dentes.

O trabalho não está completo e nunca estará, pois a compreensão a respeito do ser humano e sua essência, crescerá a cada descoberta científica e filosófica, e com isso todos os paradigmas serão mudados, infinitamente, pois acreditamos que o universo está em expansão junto com a nossa consciência.

O objetivo deste treinamento é levar ao interessado, teorias já experimentadas e comprovadas por nós ao longo do trabalho envolvendo o ser humano e seu comportamento, na família, na escola, no trabalho, em sua sexualidade, seus sentimentos, suas relações pessoais e sociais.

Cada indivíduo possui uma história pessoal. Ao longo dela, impõe ao meio suas ações e recebe reações, que precisam ser sentidas e decodificadas. Constroe assim suas estruturas pessoais que irão refletir em seu corpo. Sendo assim, não encontraremos uma arcada dentária igual a outra, da mesma forma não encontraremos histórias pessoais idênticas. Porém, encontraremos momentos de vida parecidos, bem como construções dentárias parecidas. São estes parâmetros que norteiam os padrões que apresentamos

As pesquisas levaram a uma concepção da divisão dos dentes, considerando as relações pessoais mais importantes da vida de um indivíduo: Seu Pai e sua Mãe.

A arcada superior demostrou representar as relações com a Mãe.

Exemplo: os dentes superiores, projetados para frente significam uma educação materna sem limites ou a presença de uma avó que burla os limites impostos pela mãe, na tentativa de compensar erros que acredita ter cometido na educação da filha.

A arcada inferior demostrou representar as relações com o Pai.

Exemplo: dentes inferiores apinhados, tortos, mal formados, pode ter sido gerado por uma educação paterna rígida moralmente (religiosidade, honestidade, etc.).

O lado esquerdo associado as questões emocionais, familiares e afetivas, o que não é gerado pelo externo, mas pelo interno. Exemplo: um problema dentário no lado esquerdo pode ser causado por medo de não ser aceito, enquanto todos do grupo gostam de sua presença.

O lado direito associado as questões sociais e profissionais, o que é gerado pelo externo. Exemplo: problema dentário no lado direito pode ser causado por falta de perspectivas profissionais devido a uma instabilidade econômica na empresa.

A seguir apresentamos um esquema das conclusões obtidas:
REPRESENTAÇÃO GERAL DOS DENTES NA PSIQUE


OS DENTES E A RELAÇÃO COM O AMADURECIMENTO DO INDIVÍDUO

Os primeiros dentes de leite a emergirem, normalmente, são os incisivos centrais por volta dos 6 meses de vida. Eles nascem no momento em que a criança começa a se reconhecer como indivíduo, a conseguir criar um diferencial com sua presença, suas primeiras expressões no meio, procurando chamar a atenção para si. A criança começa a andar quando os dentes centrais superiores tocarem nos inferiores, permitindo maior equilíbrio no corpo. A troca destes dentes pelos definitivos, ocorre quando a criança começa a se expressar a nível de conhecimento, quando ela começa a ler e escrever, aproximadamente dos 5 aos 6 anos. Uma má formação nestes dentes provocará dificuldade de afirmação pessoal, liderança e auto-estima.

A seguir o nascimento dos incisivos laterais marcará o relacionamento do indivíduo com as pessoas de seu meio, sua capacidade de obter informações através dos órgãos dos sentidos: visão, olfato, paladar, audição e tato. Estas informações serão absorvidas e decodificadas através da personalidade, e seu retorno se dará através da comunicação e expressão, como resposta a influência do meio. Surge por volta dos 6 a 8 meses e sua troca ocorre no momento em que a criança amplia suas relações com o vizinhos, primos e amigos da escola, geralmente dos 6 a 7 anos. Uma má formação nestes dentes provocará dificuldades nos relacionamentos e na expressão de suas idéias.

Com o nascimento dos primeiros molares decíduos, que darão lugar aos primeiros pré-molares, a criança desenvolve o sistema excretório: glândulas sudoríparas, rins, bexigas e intestinos. Neste momento a criança desenvolve sua crítica aos alimentos , o que gosta ou não. Surgem com 1 ano e sua troca pelo definitivo aos 10 anos, quando a criança começara a evitar passeios, amigos, alimentos e ambientes que não lhe satisfaçam. Uma má formação nestes dentes implicará em uma convivência forçada com coisas que não lhe dão prazer.

Os caninos seguem esta ordem, por volta de 1 ano e 6 meses, com o desenvolvimento do sistema circulatório, sua capacidade de atacar e de se defender. Conhecidos como os dentes da paixão, eles mostram sua sexualidade e seus instintos animais. Sua troca ocorre quando desperta no indivíduo as sensações da libido, pois até então, o sexo só era alvo de sua curiosidade infantil, passando agora a ser percebido de forma interna. Geralmente sua troca se dá dos 11 aos 13 anos. Uma má formação nestes dentes mostrará a dificuldade de lidar com suas paixões, sua agressividade e sua libido.

O segundos molares decíduos, que darão lugar aos segundos pré-molares, nascem em seguida preparando a criança para separar crenças e idéias que não combinam com sua natureza. É o momento do amadurecimento do sistema respiratório por volta dos 2 anos. Sua troca ocorre dos 10 aos 12 anos, no momento em que começará a definir o que acredita ou não. Neste momento inicia a crítica as opiniões dos pais, devido aos contatos desenvolvidos com outras pessoas, como: professores, parentes distantes, pais de amigos e etc.. Uma má formação nestes dentes produzirá uma pessoa que não se fundamenta em idéias claras, devido a absorver idéias incompatíveis com as que percebe serem adequadas a sua natureza.

Normalmente, os primeiros dentes definitivos a surgirem na arcada da criança são os primeiros molares permanentes, chamados dentes da vida, devido a sua ligação com o sistema digestivo. Sua avaliação permitirá analisar como o indivíduo digere os conceitos a nível de idéias e crenças, bem como o próprio funcionamento da digestão dos alimentos. Seu surgimento ocorre por volta dos 6 a 7 anos, quando a criança começa a definir seus padrões de crenças e interesses pessoais, a se relacionar com o dinheiro e sua influência na conquista dos prazeres. O conflito gerado com a construção de suas próprias concepções em relação aos valores impostos pelos pais, poderão gerar disfunções nestes dentes. Se os seus valores forem construídos sobre tensão, produzirá um adulto com dificuldade de lidar com o patrimônio material, suas relações com o dinheiro e seus desejos. Portanto este dente é importante na realização financeira do indivíduo e como ele vive sua condição material. Qualquer objeto que a criança queira guardar para si, como as conchinhas recolhidas na praia, deverão ser respeitadas, e a própria criança é quem deverá decidir quando jogá-las fora, sendo que os pais poderão em um momento de limpeza da casa, perguntar se ela vai querer guardá-las ainda mais e até estimulá-la a se desfazer de coisas que só estão ocupando lugar. Os pais que interferem nos pequenos valores de uma criança, produzirão um adulto inseguro quanto suas conquistas, com medo de perdê-las rapidamente.

Com o desenvolvimento hormonal, nascem os segundos molares permanentes, que preparam o indivíduo para a reprodução, as conquistas dos seus desejos, paralelamente aos valores morais estabelecidos. Seu nascimento se dá por volta dos 12 anos, quando a menina está próxima de sua menarca (primeira mestruação) e o menino de sua semenarca (primeira ejaculação que é espontânea). A má formação destes dentes provocará distúrbios no aparelho reprodutor, bem como a assimilação da conquista de seus desejos, ou seja, a dificuldade de ter prazer com as coisas desejadas e conquistadas, podendo atrair para si situações negativas para que suas realizações se tornem aborrecimentos.

Por fim nascem os terceiros molares, também conhecidos como sisos, os dentes do juízo. Seu nascimento se dá por volta do 18 a 21 anos, mas podem aguardar até mais que 40 anos se o indivíduo não desejar o amadurecimento permanecendo uma eterna criança. Erroneamente estes dentes estão sendo tratados como inúteis, mas são os dentes da propriocepção, ou seja, a capacidade do indivíduo de se sentir capaz de conquistar o seu espaço no mundo, construindo de forma madura uma estrutura de vida capaz de sentir-se senhor de si mesmo. São chamados dentes do complemento da personalidade, permitindo que cada uma das funções dos dentes referidos acima, cheguem ao amadurecimento final. Nas últimas décadas, a influência dos pais na vida econômica e familiar do filhos, têm provocado dificuldades do estabelecimento de uma vida adulta e própria. Portanto, uma cultura social de extração destes dentes, ocorre no momento em que é crescente o número de adultos, que se tornam incapazes de construir sua independência. Uma má formação nestes dentes produzirá um indivíduo inseguro, buscando compensações extremas para a insatisfação consigo mesmo. Excessos de: auto-afirmação, verbalização, sexo, crítica, estudo, trabalho, alimentação, agressividade, etc.
REPRESENTAÇÃO INDIVIDUAL DOS DENTES NA PSIQUE

Cada extração realizada produzirá uma dificuldade da personalidade em relação a função do dente na psiquê, podendo um outro dente migrar para o local deixado vazio, mas nunca poderá dar conta de suprir totalmente a importância do dente perdido. A prótese e o implante, como também o canal e a restauração, ajudarão, mas já haverá sempre uma deficiência estabelecida.


PADRÕES BÁSICOS DA ARCADA DENTÁRIA E A PERSONALIDADE


Não encontraremos pessoas com um único padrão, mas sim, com arranjos de padrões variados, devido a sua forma de ajustar-se as reações produzidas pelo meio.

Os tipos apresentados a seguir, poderão ser encontrados em parte da arcada dentária de um indivíduo, permitindo identificar em que área da vida esta pessoa estará apresentando a característica formulada, se em relação ao pai, a mãe, o emocional ou o social.

Também não devemos considerar os exemplos a seguir como únicos, mas sim como estruturas mais analisadas em nossa experiência.
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Tipo NormalDentes alinhados e tamanhos regulares. Capacidade de ajustar-se às situações. mantêm-se firme em seus propósitos, sem agredir o meio em que vive.
Tipo ImperativoDentes centrais montados nos laterais. Necessidade de impor suas vontades. Defende seus propósitos com palavras duras, agredindo o meio em que vive.
Tipo Individualista

Espaço entre os centrais e laterais. Dificuldade de se relacionar com pessoas. Acredita que todos estão contra si. Não sabe expressar suas opiniões e desejos.
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Tipo Dissociado

Espaço entre os centrais. Dificuldade em viver seus sentimentos no social. Separa a família do social. Vive em dois mundos. Aprendeu que felicidade não existe. Pode desenvolver a auto-satisfação, inclusive sexual.
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Tipo Apaixonado
Centrais e caninos proeminentes. Consegue envolver a todos com seu entusiasmo. Não desiste de seus propósitos. Impões sua vontade através da sedução e do estímulo aos outros. Instinto sexual elevado.
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Tipo FaladorTenta conquistar seus desejos através da comunicação. Não assume o que faz e sempre arranja boas desculpas. Quando encontra alguém para admirar, torna-se fiel defensor.
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Tipo InseguroDentes superiores cobrem os inferiores. Divisão entre a educação que recebeu e o que deseja para si. A mãe influenciou excessivamente, impedindo que emergisse a importância do pai. Pode sentir-se rejeitado pelo pai. Dificuldade em afirmar-se profissionalmente. Pensa muito.
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Tipo RígidoDentes inferiores cobrem os superiores. Absorveu padrões morais muito rapidamente, dificultando a aceitação de novos valores. Seu pai foi mais influente, tentando impedir que o indivíduo absorvesse conceitos maternos. Pode sentir-se rejeitado pela mãe. Racional, trabalhador, dinâmico, pouca imaginação, não pensa muito para agir. Pode tornar-se frio e insensível.
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Tipo PressurizadoDentes apinhados. Vive sobre tensão, tentando chegar à perfeição para conseguir aprovação dos outros. Educação muito rígida moralmente. Teve pouco espaço para crescer. Geralmente possui irmãos que receberam mais regalias. Tenta mostrar que é bom sem acreditar em si.
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Tipo DesligadoDentes espaçados. Não se preocupa muito com as coisas, parecendo que tudo está bem. Não luta pelos seus desejos. Convive com os outros sem se envolver. Pode Ter dificuldade de concentração e aprendizado.
A contínua observação dos dentes das pessoas e de suas histórias de vida, associando à função de cada dente, nos permitirá identificar outros padrões, ampliando a nossa capacidade de análise do ser humano.