quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Conselho proíbe venda de pacotes de serviços estéticos pela internet

Drenagens, massagens e tratamentos feitos sem avaliação prévia e por pessoas sem habilitação podem até matar, segundo o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional proibiu a venda, na internet, de pacotes de serviços estéticos, como drenagem linfática e ultrassom.
As promessas de acabar ou reduzir muito gordurinhas, celulite e estrias já são uma tentação. Com preços baixos, são mais atraentes ainda. Pode ficar difícil resistir a ofertas quase milagrosas de pacotes vendidos em um clique do computador. Mas o que parece muito bom pode ser um perigo.
Drenagens, massagens e tratamentos feitos sem avaliação prévia e por pessoas sem habilitação podem até matar, segundo o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, que decidiu proibir o que considera abuso na venda pela internet.
O alvo são os sites de compras coletivas que podem induzir à contratação dos serviços por impulso em clínicas que não tomam os cuidados necessários. Até o tratamento que parece mais inofensivo pode ter contraindicações.
“A drenagem pode soltar um trombo, um acidente vascular isquêmico, dentre outros riscos à saúde da população”, diz a fisioterapeuta Andrea Fuchs Botsaris.
“Dentro do pilates, por exemplo, há um movimento contraindicado em uma lesão, como uma hérnia de disco”, ressalta a fisioterapeuta Aparecida Pellicciotti. “Se o paciente precisar de um marcapasso e o profissional for aplicar o equipamento de corrente russa, por exemplo, ele pode matá-lo.”
A venda indiscriminada de pacotes de tratamentos poderá render punição, como a suspensão do registro no Conselho Regional de Fisioterapia (Crefito), mas só aos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Evitar clínicas irregulares e profissionais sem habilitação vai depender da pesquisa e do cuidado de quem contrata.
“Estamos notificando a todos. Em não ocorrendo a observação dessa decisão, nós chamamos esses profissionais, abrimos um processo administrativo ético que pode culminar inclusive na perda do exercício da profissão", reforça Gil Lucio de Almeida, presidente do Crefito.
A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico declarou que considera dever das empresas de compras e dos profissionais que nelas trabalham zelar pela legalidade de seus produtos e serviços

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